Casamento Homoafetivo 08-12-2013

O Grande Passo

Foi realizado no da 08 de dezembro de 2013, na cidade do Rio de Janeiro o 1º Casamento Civil Homoafetivo coletivo do Brasil e o maior do mundo de acordo com os organizadores.

Neste dia eu e minha companheira de praticamente 6 anos de convivência em comum, realizamos um sonho e demos juntas aos demais 129 casais um enorme passo para toda a comunidade LGBTT.


08/12/2013 18h27 - Atualizado em 09/12/2013 08h03

Daniel Silveira 
Do G1 Rio

RJ REALIZA O 1º CASAMENTO CIVIL HOMOAFETIVO, UNINDO 130 CASAIS

Cerimônia coletiva foi promovida pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

Estado já havia realizado três cerimônias coletivas de união estável.

"Só que homossexualidade não existe, nunca existiu. Existe sexualidade, voltada para um objeto qualquer de desejo que pode ou não ter genitália igual, e isso é detalhe", escreveu o escritor gaúcho Caio Fernando Abreu. A identidade de gênero é, sem dúvida, mero detalhe para as 260 pessoas que se uniram a seus respectivos pares na tarde deste domingo (8) perante a Justiça. Os 130 casais participaram do primeiro casamento civil homoafetivo realizado no Rio de Janeiro. Antes, apenas uniões estáveis entre casais gays haviam sido formalizadas no estado.

A cerimônia coletiva aconteceu no auditório Antônio Carlos Jobim, do Tribunal de Justiça do estado do Rio de Janeiro (TR-JR), no Centro. "Hoje marcamos uma vitória política", comemorou a desembargadora do TJ-RJ Cristina Gaulia. Ao afirmar que outros tribunais espalhados pelo pais ainda estão longe de tomar iniciativas semelhantes do TJ-RJ, ressaltou que o evento enfatiza o "progresso" da Justiça fluminense.
"O que se faz aqui hoje é um marco simbólico da concretização de princípios constitucionais. É muito fácil colocar na Constituição que todos são iguais perante a Lei, mas é extremamente difícil fazer isso valer na prática", acrescentou o desembargador Cláudio Dell'Orto, que compôs mesa acompanhado pela mulher, Cristiane.
Cláudio e Cristiane foram padrinhos dos 130 casais, que contaram ainda com o apadrinhamento simbólico dos atores David Pinheiro e Mariana Schunk. As juízas Rachel Chripino e Rachel Oliveira foram as celebrantes do casamento. O evento contou ainda com a participação especial da cantora Jane di Castro, que interpretou o Hino Nacional na abertura oficial da cerimônia.
Amor e afeto
De Caio Fernando Abreu a Carlos Drummond de Andrade. De Milton Nascimento a Gonzaguinha. Em citações, o amor foi exaltado por todos que compuseram a mesa da cerimônia, entre eles Cláudio Nascimento, superintendente de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos e coordenador do Programa Estadual Rio Sem Homofobia. "O amor, o companheirismo e a coragem de vocês são determinantes para a conquista dessa façanha", disse aos casais referindo-se à cerimônia coletiva de casamento civil homoafetivo. “A nossa luta é a luta pelo fortalecimento do amor e do afeto”, enfatizou.
Cláudio lembrou que em 2011, o Rio de Janeiro realizou a sua primeira cerimônia coletiva de união estável entre pessoas do mesmo sexo. Outras duas foram realizadas em 2012. "Essa é primeira de casamento civil do estado, a maior coletiva já realizada no mundo. Nunca tivemos uma cerimônia desse porte", afirmou. Ele fez questão de destacar ainda que na data de 8 de dezembro é comemorado o Dia da Família, o que tornou a cerimônia ainda mais emblemática.
Dos 130 casais que se uniram neste domingo, 89 são de lésbicas, 40 de gays e um formado por uma transexual e um homem - este unido em relação estável há 22 anos. A maioria (48 casais) tem faixa etária entre 30 e 49 anos e seis casais têm mais de 60 anos de idade. Do total de casais, 72% estão juntos há mais de quatro anos e 85% mantêm vida comum há mais de dois anos, o que configura união estável. "Esse dado derruba argumentos preconceituosos que dizem ser superficiais as uniões homoafetivas", destacou Cláudio nascimento.
Joseli e Viviane estão juntas há seis anos (Foto: Daniel Silveira/G1)Joseli e Viviane estão juntas há seis anos
(Foto: Daniel Silveira/G1)
Eles disseram sim
Exibindo um traje africano, Viviane Soares Lessa de Faria, 38 anos, não parava de sorrir ao lado da esposa, Joseli Cristina Lessa de Faria, 45. "Eu sonho me casar com ela desde que a conheci", disse Viviane.

Joseli fez questão de destacar que o filho Rafael, de 29 anos, é o padrinho do casal. “Ele é amigo, parceiro, companheiro. Ele chama uma de mãe branca e a outra de mãe preta e estava mais ansioso que nós duas”, disse.


O casal Flávio e Giuseppe Laricchia, de 26 e 21 anos respectivamente, é um dos mais novos entre os 130 que se casaram. Há dois anos juntos, eles são de Teresópolis, Região Serrana, e vieram sozinhos para a capital formalizar a união. “Nossos pais não vieram por falta de oportunidade, porque eles queriam muito estar aqui”, disse Flávio. Ele já havia formalizado a união estável a Giuseppe em dezembro passado, mas fizeram questão de casar. “Queríamos a garantia de direitos, entre eles os trabalhistas. Precisamos ter essa igualdade em relação aos casais heterossexuais”, disse Giuseppe.

Para assistir a reportagem completa acesse: g1.globo.com

CRIANÇA DE 6 ANOS RECEBE CERTIDÃO E MUDA DE SEXO NA ARGENTINA

O que dizer da compreensão dos pais dessa criança?





Nada, apenas torcer para que muitos outros percebam as diferenças e permitam que seus filhos e filhas sejam verdadeiramente felizes.

PARABÉNS ARGENTINA!

Clique no link abaixo e veja reportagem completa





Em 27/08/2013...


Eu decidi ler novamente o livro Viagem Solitária de João W. Nery, sim novamente, porque eu já o havia lido entre os dias 06 e 09 desse mesmo mês, ou seja, assim que o recebi das mãos do autor após a palestra em que o conheci.

Sinto que preciso ler e reler quantas vezes forem possíveis, pois na 1ª vez, talvez movido pela ansiedade de conhecer e saber mais sobre essa pessoa, que através da sua palestra rasgou a caixa que até aquele dia eu nem sabia que estava preso, não tenha prestado a atenção aos detalhes da sua história.


Eu, confesso, que só percebi que falhei, depois que minha companheira também o leu de maneira mais pausada e começou a comentar comigo as narrativas de alguns fatos e me dei conta que eu não os havia guardado na memória.


Uma outra possibilidade que pode ter me feito atropelar as informações do livro pode ser creditada as semelhanças em vários pontos com a minha própria história e com os meus sentimentos.


É como se eu estivesse lendo o que alguém buscou dentro de mim e botou no papel.
Por isso vou ler de novo e tentar separar nossas histórias e emoções. Se eu ainda não conseguir dessa vez vou ler de novo, de novo e de novo...


Jô Lessa

Mudanças, será mesmo?

AS COISAS ESTÃO MUDANDO OU ESTÃO VOLTANDO AO INÍCIO? 

Menina que se veste de menino e faz sucesso nas redes sociais.

(Clique Aqui e veja porquê)

Li esta reportagem, achei interessante e divido com vocês para que tirem suas conclusões ou simplesmente percebam as mudanças.

Uma Revelação Importante


O GRANDE ENCONTRO


Olá pessoas!

Depois de algum tempo longe desse blog  retorno hoje após um encontro incrível que aconteceu ontem (06/08/2013) na Casa de Cultura de Maricá - RJ proporcionado por pessoas empenhadas na luta pelos direitos LGBTT , Secretarias Municipais e Sub Secretarias do município.
Deixo um agradecimento especial aos queridos Márcia Marçal, Andreia, Ariane, Carlos Alves e principalmente ao palestrante da noite o Sr. João W. Nery.

Minha mulher Srª Bombom Lessa, João Nery e Euzinho
Bom...em um relato não muito extenso, devo dizer que em 35 minutos essa pessoa incrível conseguiu me levar aos extremos da emoção e transitei entre a alegria de me ver nele, em cada palavra, até as lágrimas ao perceber que na sua estória de vida havia o sentido da minha.

Ontem as coisas que foram ditas entraram pelos meus ouvidos e se encaixaram perfeitamente nas lacunas existentes dentro de mim...eu explico.

Quando me descobri homossexual, de acordo com o que relato em pinceladas rápidas na página da minha estória, sempre me senti um estranho no ninho, alguém sem origem, sem ascendentes, sem rumo e sem norte o que pode não parecer, mas é muito pior...durante 46 anos eu simplesmente não sabia como me identificar, pois nunca me senti mulher, nunca me senti lésbica, sempre me senti diferente, mas não podia expressar isso na maior parte do tempo e minhas referências não eram lá muito interessantes.

Então decidi ser "EU" e só.

Mesmo entre o grupo de lésbicas há um preconceito, às vezes explícito ou velado, mas há...já ouvi insinuações de que eu me fantasiava para viver e que não haveria a necessidade de ser assim, ou simplesmente não sou bem - vinda em certos lugares, reuniões, festinhas ( nem me convidam) porque sou diferente delas e as constranjo e ainda que não é legal estar próxima de mim em público, pois isso daria a impressão que seria minha namorada...aff

Minha companheira, a quem eu agradeço por começar a me mostrar quem eu sou, sempre me chamou de marido publicamente e também já foi muito ironizada por isso, mas como é uma mulher de personalidade forte sempre ignorou esses comentários.

Mas ontem....ah, ontem... eu sinto como se tivesse nascido de novo, de repente alguma coisa dentro de mim tomou uma proporção tão grande que ficou sem espaço e eu descobri que sou TRANS HOMEM e fiquei maravilhado com essa descoberta e com tudo que isso representa.



Por esse motivo, a partir de agora, doa a quem doer eu viverei minha identidade de gênero de maneira plena, sem medos, pois percebi que somos muitos e que é necessário VISIBILIDADE para que tenhamos respeito.

Aos amigos que permanecerem eu terei prazer em compartilhar os caminhos que essa descoberta, com certeza, me levará a trilhar e aos que se afastarem eu agradeço por demonstrarem que eu me enganei por achar que eram amigos e amigas, mas respeito todas as decisões com o mesmo carinho.

Aos familiares devo dizer que os amo profundamente, mas não mais do que a mim mesmo e depois de tantas desencontros comigo mesmo agora estou em paz.

Àqueles que se identificaram com este artigo eu peço que não desistam, não se mutilem, não se entreguem, pois NÃO ESTÃO SOZINHOS!

NÃO DEIXEM DE LER: 

VIAGEM SOLITÁRIA - Memórias de um Transexual Trinta Anos Depois

Um forte abraço a todos!